A importância das janelas vai além das exigências estéticas, de luminosidade e aeração dos espaços. Ela deve aliar tais fatores à garantia da privacidade, segurança e bem estar das pessoas nos ambientes. Para isso, é preciso que o consumidor conheça algumas particularidades desse recurso arquitetônico, como a maneira pela qual as folhas se abrem e se projetam, sua estanqueidade e isolamento acústico, entre outras. Os principais modelos disponíveis no mercado são:
• Bay-window - típica da arquitetura inglesa, esse modelo de janela, sempre instalada no piso térreo, tem três faces que se projetam para fora do prumo da construção. Possui variações como a oriel-window, instalada no andar superior e ocupando todo o pé-direito do ambiente, e a bow-window, que, em vez de facetada, projeta-se para fora das paredes como um volume semicircular.
• Sanfonada - também conhecida como camarão, move-se no sentido horizontal, flexionando suas folhas com a ajuda de dobradiças. Regula bem a entrada de luz e ar, mas quando fechada não permite boa estanqueidade.
• Basculante - projeta-se para dentro ou para fora, num movimento de rotação em torno de um eixo horizontal ou por meio de um braço de articulação. Dependendo do ângulo de abertura de suas folhas, a ventilação é parcial mas constante.
• Máximo-ar - denominação de janelas cuja abertura deixa os vidros numa posição perpendicular em relação à esquadria. Garante boa ventilação e iluminação, mas pouca privacidade.
Veneziana - com palhetas na horizontal, que se apóiam na caixilharia. Além da de palhetas estreitas, existe o tipo portuguesa, cujas palhetas em balanço avançam para fora do caixilho. Proporciona ventilação mesmo fechada.
• De correr - bastante utilizada, move-se ao longo de trilhos; é chamada de deslizante quando se abre para as laterais, e de guilhotina quando se abre para cima e para baixo. Em ambos os casos, apresenta manobras simples, que poupam os espaços ao redor, tanto interna como externamente. A ventilação apenas se dá em 50% da abertura.
• De abrir - assim são chamadas as janelas tradicionais que liberam 100% do seu vão para entrada de ar, sem nenhuma resistência ao vento. Existem as de folhas duplas (caso se abram para dentro, dificultam a colocação de cortinas; se para fora, o uso de grades de segurança ) e as de folhas simples. Tanto numa quanto noutra, as folhas se fixam apenas quando abertas ou fechadas totalmente.
• De tombar - este tipo de janela, como o nome já diz, tomba para dentro, mas apenas na parte superior da esquadria. Apesar de não liberar totalmente o vão, oferece aeração constante e boa vedação contra chuvas e ventos.
• Pivotante - determinada por movimento giratório em torno de um eixo (pivô) vertical instalado no meio da abertura ou mais próximo de uma das bordas. Cria vãos que permitem a circulação do ar em todo o ambiente, mas dificulta a colocação de cortinas e grades.
• Vitrôs - uma ou mais folhas de vidro que se movem na vertical ou na horizontal a partir do comando de uma alavanca. Além de não liberarem o vão para passagem total do ar, proporcionam reduzida vedação.
• Vidro fixo - este tipo de janela se caracteriza pela imobilidade tanto dos vidros como dos caixilhos, que se mantém fixados à abertura. Com luminosidade, estanqueidade e segurança garantidas, a aeração, por sua vez, é nula.
Geralmente, as esquadrias são produzidas em quatro materiais básicos: madeira, alumínio, aço (ferro) e PVC.
A madeira, má condutora de calor e som, mas excelente isolante termoacústico, destaca-se pela nobreza que confere aos acabamento. São as mais recomendadas para casas de praia e campo por oferecer, quando tratadas corretamente, boa resistência à maresia e intempéries. Aliás, o tratamento recebido pela madeira é de fundamental importância para determinar a opção pelo produto. O tipo de madeira também deve ser observado, já que algumas são mais resistentes a microorganismos que outras, não necessitando sequer de tratamento.
As de aço, conhecidas como "de ferro", difundiram-se entre as construções populares; pelo fato do material ser sensível à corrosão, esse problema foi minimizado com adição de cobre ao aço. Assim como as de alumínio, são boas condutoras de calor e som, e, conseqüentemente, péssimos isolantes termoacústicas.
A corrosão, que ataca o aço, não tem efeito sobre o alumínio.
O PVC utilizado na produção de caixilhos é o PVC Plus, que recebe aditivos químicos dotando-o de maior tenacidade a impacto e calor, e pigmentos para cor. Além do ótimo isolamento termoacústico, o PVC oferece boa vedação à água e ao ar, e demonstra grande resistência à poluição química.
Os vidros são elementos de destaque nas janelas, proporcionando segurança, luz e visibilidade às construções. O mais comum é o cristal liso, encontrado nas cores fumê, verde e bronze e com espessuras de 3 a 6mm. Porém, existem tipos tecnicamente mais sofisticados. É o caso do laminado, ideal para segurança, que apresenta uma camada de polivinil butiral (espécie de plástico prensado entre os vidros) que, mesclando tonalidades diferentes de vidro e plástico, permite maior diversidade de cores, em caso de quebra, os cacos se mantém grudados ao butiral.
Os aramados, com arames na horizontal e vertical, são fundidos junto com os componentes do vidro (sílica). Translúcidos e sem cor, constituem-se numa alternativa que fica apenas na promessa da paisagem, deixando a luz passar sem revelar com nitidez as imagens. Têm de 6 a 7mm de espessura.
Finalmente, os temperados, obtidos a partir do aquecimento e resfriamento abruptos dos materiais. Não permitem cortes ou furos depois de prontos, são produzidos sob encomenda, podendo ter 6, 8 ou 10mm de espessura. As colorações mais comuns são verde, marrom e cinza.
A fixação do vidro ao caixilho pode ser feita com a tradicional massa de vidraceiro (que apresenta o inconveniente de rachar, com o tempo) ou por silicone, que prende o vidro ao caixilho com tiras de borracha e garante total estanqueidade.